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ALFREDO, O GRANDE

“Alfredo o Grande” é o título desta história transcrita e adaptada do livro “Das Virtudes II”, de William J. Bennett, Editora Nova Fronteira.


Alfredo, o Grande, foi Rei de Wessex, de 871 a 899, e Rei dos Anglo-Saxões de 886 a 899. Defendeu o seu reino contra os vikings, e à época de sua morte, era o governante dominante na Inglaterra. Ele é um dos dois únicos reis ingleses a quem foi concedido o epíteto “O Grande” (Wikipédia).

Conta a história que a época do seu reinado era de dias difíceis para a Inglaterra. O país foi invadido pelos vikings, que haviam cruzado o mar. Havia tantos invasores, tão fortes e audazes, que durante muito tempo ganharam quase todas as batalhas. Se continuassem assim, logo seriam os senhores do país inteiro.

Afinal, após tanta luta, o exército inglês estava combalido e disperso. Cada homem teve que se salvar como pôde, inclusive o próprio Rei Alfredo, que disfarçou-se de pastor e escapou pelas florestas e pântanos.

Depois de vagar por muitos dias, chegou à cabana de um lenhador. Cansado e faminto, bateu à porta e pediu à mulher do lenhador que lhe desse comida e acolhida.

A mulher apiedou-se do pobre homem esfarrapado. Não tinha ideia de quem se tratava.

— Entre, – disse ela —vou dar-te um jantar se cuidares desses bolinhos no forno para mim. Preciso sair para ordenhar a vaca. Cuida bem deles, e não os deixa queimar enquanto me ausento.

Alfredo agradeceu gentilmente e sentou-se perto do fogo. Tentou prestar atenção nos bolinhos, mas os problemas logo tomaram conta de sua mente. O que faria para organizar o exército outra vez? E se conseguisse, como iria preparar seus homens para enfrentar os dinamarqueses? Como conseguiria expulsar da Inglaterra invasores tão audazes? Quanto mais pensava, menos esperança tinha no futuro; e começou a acreditar que não havia propósito em continuar a luta. Alfredo só enxergava os próprios problemas. Esqueceu que estava na cabana do lenhador, esqueceu a fome e esqueceu totalmente os bolinhos.

Em pouco tempo, a mulher retornou. Encontrou a cabana cheia de fumaça e os bolinhos torrados. E lá estava Alfredo sentado junto ao forno, olhando para o fogo. Sequer notara que os bolinhos estavam queimando.

— Ora, mas que homem preguiçoso e desleixado tu és! – gritou ela — Olha só o que fizestes! Queres comer mas não queres fazer nada para merecê-lo! Agora ficaremos todos sem jantar! – Alfredo simplesmente deixou prender a cabeça, envergonhado.

Nesse momento exato, o lenhador chegou em casa. Mal passou pela porta, reconheceu o estranho sentado junto ao forno.

— Cala a boca! – disse para a mulher — Sabes com quem estás ralhando? Com nosso nobre monarca, o Rei Alfredo em pessoa.

A mulher apavorou-se. Correu para junto do rei e jogou-se de joelhos. Implorou que lhe perdoasse as palavras tão ásperas.

Mas o sábio Rei Alfredo mandou que se levantasse.

— Tinhas razão ao ralhar comigo – disse ele — Eu disse que cuidaria dos bolinhos, mas deixei-os queimar. Mereci tudo que dissestes. Qualquer um que aceite uma tarefa, seja ela grande ou pequena, deve desempenhá-la com atenção. Fracassei desta vez, mas isto não tornará a acontecer. Minhas atribuições de rei me aguardam.

A história não no diz se o Rei Alfredo comeu alguma coisa naquela noite. Mas poucos dias se passaram até que conseguisse organizar de novo seus homens, e em breve expulsou os dinamarqueses da Inglaterra.

 

Título: Alfredo, o Grande
Wikipédia
Data desta postagem: 02/08/2022

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Alfredo o Grande

 


Antes de mais nada, Senhor.

Antes de mais nada, Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Acima de tudo, onde houver ódio, que eu leve o amor.
Discórdia, que eu leve a união.
Em síntese, onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erros, que eu leve a verdade.

Assim como, onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Desespero, que eu leve a esperança.
Tristeza, que eu leve a alegria.
Trevas, que eu leve a luz.

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