DIGA NÃO À PROVOCAÇÃO
Ao sair do seu veículo, um sujeito bateu a porta na lataria do carro que estava estacionado ao lado, num pátio de um supermercado.
Foi apenas um risco sem maior importância, que facilmente desapareceria com um pouco de cera automotiva, mas o dono do outro carro, um sujeito fraquinho e raquítico, ficou muito nervoso e falou um monte de besteiras para ele, ofendendo-o profundamente na frente de várias pessoas e de seu filho, que estava com ele.
Não contente em xingá-lo , provocou-o à briga, mas o homem não cedeu às suas provocações.
Depois que ele foi embora, seu filho lhe disse:
– Puxa, pai, você “dá dois” dele… por quê o senhor não deu uns tapas no cara, pelo tanto que ele te ofendeu?
– Filho, se um desconhecido tenta de dar um pacote suspeito no meio da rua e você o recusa, a quem pertence o pacote? – perguntou-lhe o pai.
– A ele mesmo, é claro!
– Assim também são os insultos, meu filho, seu eu os recebo, são meus; se não os recebo, continuam pertencendo à pessoa que tentou dá-los para mim.
Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, uns para com os outros, e para com todos.
I Tessalonicenses 5.15
Conto folclórico oriental, recontado por Ronaldo A. Franco.