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A ONÇA E A RAPOSA

Era uma vez uma onça que há muito tempo perseguia uma raposa, mas ela sempre lhe escapava.

A onça já estava cansada de ser enganada pela raposa. Assim, decidiu atraí-la para sua caverna.

Fez espalhar pela floresta a notícia de que havia morrido e deitou-se bem no meio da toca, fingindo-se de morta.

Todos os bichos vieram olhar o seu corpo, contentíssimos.

A raposa também veio, mas meio desconfiada ficou olhando de longe. E por trás dos outros animais perguntou:
– A onça já deu seus últimos suspiros?

Ninguém soube responder. E a raposa falou:
– Uma pessoa só morre de verdade depois que der seus três últimos suspiros de vida. Foi assim com a minha avó!

A onça, então, para mostrar que estava morta de verdade, suspirou três vezes.

A raposa fugiu, dando gargalhadas.


Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.
I João 4.1

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Conto do folclore africano, com versões na Europa e América Latina.
Compilado por Couto Magalhães em 1876.
Adaptado.

1 comentário em “A onça e a raposa”

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