O teu Deus é o meu Deus (Rute Cap. 01)

O TEU DEUS É O MEU DEUS

Numa época atribulada como esta que estamos vivendo, tem-se tornado comum ver que nem mesmo os filhos querem seguir a fé dos pais, devido, em parte, ao mau testemunho e ao ambiente tóxico dentro dos lares.

Rute Cap. 1 mostra como certas atitudes positiva de uma sogra abriram o caminho para a justiça de Deus e dispos o coração de Rute para temer o nome do Senhor (“dispõe-me o coração para só temer o teu nome” – Salmo 86.11).

Este sermão expõe três ATITUDES de Noemi que elucidam a rápida e completa conversão de Rute: fé ativa, esperança e inclusão — cada uma ligada a Jesus e com aplicação prática.

1. O TEU DEUS É O MEU DEUS: RESULTADO DE UMA FÉ ATIVA

Em tempos de fome e perda, Noemi experimentou o amargo da vida em Moabe. Ali viu seu marido e seus dois filhos morrerem, restando apenas o vazio da saudade e o sentimento de desamparo. No entanto, ao ouvir que o Senhor havia visitado o Seu povo em Belém, dando-lhes pão, ela decidiu voltar. “Ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão” (Rute 1:6).

Ao invés de ficar passiva, reclamando e chorando, Noemi escolheu regressar, e essa FÉ ATIVA despertou em Rute uma postura ainda mais profunda: não apenas acompanhá-la, mas unir sua vida, seu futuro e até mesmo sua fé ao Deus de Israel.

Em sua declaração imortal, Rute deixou registrado os resultados de uma fé ativa: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” (Rute 1:16,17)

A fé de Rute não era movida por conveniência ou interesses, mas por convicção. Ela não esperava resultados imediatos nem buscava vantagens pessoais. Em meio à tragédia e à incerteza, ela escolheu permanecer firme, confiando no Deus de Noemi, em razão da sua fé.

➡ Palavra Espiritual: Na Belém histórica, faltou pão, mas agora, com a vinda do Messias, temos pão para sempre. Jesus é o pão que desceu do céu.  “Diga em alta voz: Aleluia, em Jesus jamais faltará o pão!”.

Conexão com Jesus: Da mesma forma, Cristo nos convida a uma fé que não se limita às circunstâncias, mas que se manifesta em obediência e entrega total. Ele disse: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). A verdadeira fé é ativa: ela se apega a Cristo, mesmo quando tudo parece perdido, e produz frutos de perseverança.

Aplicação Prática: Quer que sua família, seus amigos ou vizinhos conheçam o Deus verdadeiro? Então mostre-lhes, na prática, uma fé viva. Ore mesmo quando tudo parece contrário, mantenha sua esperança em Cristo e persevere em amar. Uma fé ativa contagia e inspira, assim como a de Noemi influenciou Rute.

2. ESPERANÇA (Rute 1:20-21; ver Rm 8:28)

Noemi deixou Moabe marcada pela dor: perdeu marido, perdeu filhos, perdeu alegria. Quando regressou a Belém, sua amargura foi tão intensa que disse: “Não me chamem Noemi (agradável), mas Mara (amargura), porque o Todo-Poderoso me encheu de amargura” (Rute 1:20). Ela não negava a soberania de Deus, mas interpretava suas perdas como sinais de abandono.

Ainda assim, mesmo sem garantias concretas, apenas com a notícia de que “o Senhor tinha visitado o Seu povo, dando-lhe pão” (Rute 1:6), Noemi deu um passo de fé em direção à esperança. A lealdade de Rute ao acompanhá-la tornou-se um bálsamo que renovou sua perspectiva: não estava sozinha, e Deus ainda estava escrevendo sua história.

➡ Palavra Espiritual: A esperança não é a ausência de dores na vida, mas a certeza de que Deus pode transformar perdas em propósito. Como Paulo nos lembra: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28).

Conexão com Jesus: Noemi viu sua dor transformada em nova esperança, e em Cristo esse princípio encontra sua plenitude. Ele é o Deus que ressuscita o que parecia morto, que consola em toda tribulação e que transforma lágrimas em sementes de alegria (2 Coríntios 1:3-4; João 16:20). Jesus é a nossa esperança viva, capaz de transformar cada cruz em ressurreição.

Aplicação Prática: Quer que sua família, seus amigos ou vizinhos conheçam o Deus verdadeiro? Então mostre-lhes, na prática, que você tem uma VIVA ESPERANÇA, que não se baseia nas circunstâncias nem nos sentimentos, mas na Palavra de Deus. Ore mesmo quando tudo parece contrário, mantenha sua esperança em Cristo e persevere em amar. Uma esperança inabalávem em Jesus contagia e inspira, assim como a de Noemi influenciou Rute.

3. INCLUSÃO (Rute 1:16; Atos 10:34-35)

“O teu povo será o meu povo… o teu Deus é o meu Deus.” (Rute 1:16)

Rute era estrangeira. Deus estende graça além de fronteiras. A justiça divina alcança quem crê, independentemente de origem.

“Deus não faz acepção de pessoas; aceita todo aquele que O teme e pratica justiça.” (Atos 10:34-35)

Palavra Espiritual: Inclua TODOS os que DEUS AMA: Homens, mulheres e LBGTs, ricos e pobres, Judeus e Palestinos, brancos, pretos e pardos, gordos e magros, feios e bonitos, famosos e anônimos, honestos e desonestos, brasileiros e estrangeiros etc.

Conexão com Jesus: Jesus cumpriu a promessa universal: salvação para todas as nações (Mateus 28:19). A graça em Cristo transforma estranhos e estrangeiros em família.

CONCLUSÃO

Para ver conversões genuínas na sua família e no seu círculo de amigos e conhecidos, demonstre fé ativa, cultive esperança e pratique a inclusão.

Autor: Pr Ronaldo Franco.
Data: 16/09/2025

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