Estudos Especiais em I Coríntios preparados pelo Rev Silas Matos Pinto
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7º – JESUS É A GLÓRIA DA IGREJA
1º Coríntios 1.30,31 – “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Numa noite de gala, num belo teatro, todos vestidos com roupas finas, num plenário lotado, o mestre de cerimônia avisa que a partir daquele momento se dará a premiação dos melhores do ano. Muitos homens e mulheres foram indicados para receber aquela homenagem, inclusive você. A expectativa é grande, pois muitos já estão sendo chamados. Espera-se ansioso pela apresentação do seu nome. O prêmio mais importante será apresentado. Há expectativa e suspense e o nome é dito em alto e bom som. Você foi o escolhido. Você se levanta e, altivo, percorre os corredores sob os olhares admirados e invejosos da platéia. Você nem se importa, pois esse é o seu momento de glória. Todo o seu esforço foi recompensado naquela homenagem. Você recebeu o que merecia.
O homem gosta de glórias. As homenagens são muito bem vindas e elas elevam a auto-estima. Não há nada de errado em ser homenageado e retirar prazer dessa experiência. O grande problema é quando a glória é o único incentivo para se realizar o trabalho proposto. Você erra quando faz o bem a alguém para ser glorificado e, quando trabalha na igreja para que o seu trabalho seja homenageado no final do ano. O correto é trabalhar como servo, buscando a glória de Deus. O correto é desejar ver o nome de Deus ser glorificado por causa do trabalho realizado com esmero e dedicação. Deus deve ser glorificado em todo o tempo, em todo lugar, e sua glorificação deve ser a causa motivadora (motriz) dos trabalhos realizados por todos os membros da Igreja do Senhor.
1 Samuel 15.29, retrata Deus como sendo a glória de Israel – “Também a glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa”. A glória de Israel não era vivida pelos israelitas quando se apresentavam como campeões nas batalhas, mas era sentida por Deus quando Israel vencia e mostrava ao mundo que tinham um Deus que pelejava por eles e os faziam campeões. A glória de Deus era manifestada nas vitórias de Israel. Israel era apenas o meio pelo qual Deus era glorificado. Jeremias 33.9, confirma essa verdade mostrando que Deus confiou a Jerusalém a propagação do Seu próprio nome:“Jerusalém me servirá por nome, por louvor e glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço…”. O povo de Deus deve sempre glorificar a Deus, pois para esse fim é que foi criado. O nosso catecismo responde a pergunta: Qual o fim principal do homem? A resposta é: Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. O homem não pode buscar as glórias para si, pelo contrário, todas as honras recebidas devem ser direcionadas a Deus.
Vários são os salmos que nos induzem a glorificar a Deus em vez de desejarmos as glórias para nós mesmos. O Salmo 29.2, diz: “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade”. Deus deve ser glorificado em sua santidade. Deve ser adorado e exaltado em todas as atitudes dos homens que foram feitos seus servos. A Santidade de Deus é proclamada pelos seus servos quando estes buscam ser santos como o seu Deus é santo.
Deus é exclusivista. Ele é Deus e não dá esse posto a ninguém. Em Isaías 42.8, Deus diz: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem…”. A glória de Deus é de Deus. O homem não pode requerer para si ou dar a outro algo que pertence apenas a Deus, pelo contrário, deve atribuir a Deus todo a glória que o Seu nome merece.
Em Romanos 11.36, Paulo faz uma declaração da honra que Deus deve ter entre os homens. Ele diz: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente, Amém!”. O mesmo acontece em Apocalipse 7.12, onde os seres santos declaram que “O Louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!”. Para os judeus o número 7 é o número da perfeição. Com essas sete honras a Jesus Cristo o texto mostra que todas as glórias e toda exaltação existente nos céus e na terra devem ser dirigidas a Jesus Cristo. Nenhuma glória deve ser dada ao homem. A glória do homem é dependente de Deus. É sobre isso que vamos tratar nesse estudo.
O nosso tema é JESUS É A GLÓRIA DA IGREJA. O estudo visa ressaltar que nenhuma glória pertence a homens. Nenhum ato humano merece qualquer exaltação por parte de Deus ou por parte dos outros homens. O servo de Deus não deve esperar ou ambicionar glórias nessa terra. A glória que o homem de Deus deve esperar está guardada por Deus e é somente essa glória que todos os servos de Deus devem desejar. A Pergunta a ser respondida nesse estudo é: Quais as formas de a igreja glorificar Jesus? A primeira forma que observaremos é: A IGREJA GLORIFICA A JESUS CRISTO SENDO SUA PROPRIEDADE PARTICULAR. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus”.
Jesus Cristo é apresentado na Palavra de Deus como sendo o Filho unigênito de Deus. Ninguém é filho de Deus, a não ser Jesus Cristo. Somente Jesus Cristo tem o DNA de Deus. Todos os homens e toda a criação de Deus são suas criaturas. O homem passa a ser filho de Deus quando é adotado em Cristo Jesus. Com a conversão o homem deixa o posto de criatura e passa a ser filho adotado de Deus. É uma situação privilegiada, porém dependente daquele que o adotou. Nessa condição o homem deve ser eternamente grato a Jesus Cristo pelo fato de ter sido adotado nele (Rm 8.15,23; 9.4;Gl 4.5; Ef 1.5).
Jesus se apresenta como o único mediador entre Deus e os homens. A figura de mediador era bastante conhecida dos judeus no Antigo Testamento. Eles tinham, na figura do sumo sacerdote, a pessoa que os representava diante de Deus, levando a Ele as ofertas que buscavam o perdão e que agradeciam pelas graças recebidas. O sumo sacerdote também era o representante de Deus diante do povo, pois devia trazer a vontade do Deus para ser obedecida pelo povo. Com sua morte na cruz Jesus aboliu os sacrifícios de animais e os rituais judaicos, passando, desde então, a ser ele mesmo o único Mediador entre Deus e os homens. Não há outra pessoa, sejam os considerados santos, ou anjos, ou Maria, ou qualquer outra criatura que possa representar o homem diante de Deus ou rogar-Lhe algum favor. O posto de Mediador é ocupado única e exclusivamente por Jesus Cristo (1 Tm 2.5; Hb 9.15; 12.24).
Jesus se apresentou como o único salvador. Muitas são as religiões que apresentam soluções para a salvação do homem. Se há complexo de culpa o espiritismo oferece a salvação através das boas obras. A pessoa após realizar as boas obras fica salva do complexo de culpa; Se o seu problema é tensão pelo corre-corre diário, a Seicho-no-ie lhe oferece salvação através da confecção de pequenos buquês de fores. O interessado fica horas envolvido nessa tarefa, ouvindo uma música tranqüila, e no final estará salvo da tensão. Do mesmo modo outras religiões oferecem algum tipo de salvação, mas a salvação da condenação eterna e da ira de Deus contra os pecados dos homens, apenas Jesus pode oferecer. Ele é o único salvador oferecido pelo próprio Deus. Se a pessoa não aceitar a salvação proposta por Deus, então não restará nenhuma alternativa de salvação. Aqueles que se negam a aceitar a salvação oferecida por Jesus Cristo se entregam a condenação eterna, assim encaminhando-se para o inferno criado para todos os que não aceitam a salvação oferecida por Deus em Jesus Cristo.
Jesus é o Senhor de todas as coisas que ele mesmo criou. Ser Senhor é ter toda a autoridade em todos os aspectos sobre a vida dos seus servos. Toda a autoridade pertence a Jesus Cristo (Mateus 28.18) e os Seus servos se evidenciam através da obediência (1 João 2.3-6). Jesus já reina na vida dos seus servos e aqueles que se entregam à Sua autoridade experimentam o governo de Cristo em sua vida (Lc 17.21). Haverá o dia em que Jesus Cristo descerá dos céus e então todos, homens, anjos e demônios, se curvarão diante do Senhor e proclamarão o seu senhorio. Satanás e seus demônios mostrarão com o curvar-se diante dEle que somente Ele tem todo o poder e somente ele é que é o Senhor.
Cristo escolheu a igreja para ser o seu corpo. Todo corpo tem um cérebro e todos os membros do corpo obedecem às ordens desse cérebro. Quando isso não acontece, então dizemos que a pessoa está aleijada. O corpo sadio obedece às ordens do cérebro. Do mesmo modo, a igreja sadia, como corpo de Cristo, deve agir em obediência exclusiva à sua vontade.
Acabamos de ver que Jesus e o único Filho de Deus; Ele é o único Mediador entre o homem e Deus; é o único Salvador dos homens; e é o único Senhor a quem todos devem prestar obediência. A igreja glorificará a Deus quando se portar como sendo Sua propriedade exclusiva. Essa exclusividade será manifestada através da aceitação da adoção dependente de Jesus Cristo; será manifestada através da aceitação da dependência única de Jesus como Mediador, não optando por buscar formas de atrair bênçãos através de objetos ou pessoas especiais; será manifestada através da aceitação da dependência única de Jesus como única fonte salvadora oferecida por Deus, não buscando satisfações fáceis através de obras ou outros meios oferecidos pelas várias outras religiões; será manifestada através da obediência total, absoluta e irrestrita à vontade de Deus, manifestada em Sua Palavra, a Bíblia, onde através de leituras diárias o crente absolve os mandamentos de Deus e os obedece, mostrando que ele somente faz o que agrada ao Senhor Jesus, seja na vida eclesiástica, no trabalho, no cotidiano… É dessa forma que a igreja glorifica a Jesus Cristo, mostrando que ela é Sua propriedade particular.
Como Paulo disse: “Mas vós sois dele”. Obedecer a outros direcionamentos é trair o princípio de propriedade exclusiva de Deus. Obedecer à moda em seu modo de vestir, andar e falar, mesmo que essa moda seja contrária a vontade de Cristo e aos princípios de ordem e decência é abandonar o princípio de propriedade particular de Deus. Também, aceitar para si outras formas de obtenção da graça de Deus, além de Jesus Cristo, é criar outro caminho rumo a Deus. Caminho que não existe, mas que sua ilusão tem enganado a muitos. O uso de objetos, como flores, sal ungido, óleo santo, sabonete da purificação, banho de luz sagrada… são formas de ferir a propriedade exclusiva de Deus. Somos o que Deus quer que sejamos; temos o que ele quer que tenhamos; iremos para onde ele desejar. Assim seremos servos de fato. Se somos propriedade exclusiva de Deus então devemos andar apenas no caminho que Ele mesmo nos deixou.
A segunda forma que observaremos é: A IGREJA GLORIFICA A JESUS QUANDO DEPENDE DOS ATOS SALVÍFICOS DE CRISTO. “O qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
O homem gosta de ter argumentos a seu favor. Os álibis servem para justificar a pessoa do erro, e do mesmo modo servem para deixar o homem bem com sua consciência. Os álibis usados pelos homens em sua vida espiritual servem para que eles se coloquem na presença de Deus numa situação mais cômoda, como que tendo algum argumento em seu favor. O homem não gosta de se sentir por baixo.
A vida do cristão é de dependência. Como vimos, somos filhos de Deus porque fomos adotados em Jesus Cristo, portanto, somos dependentes de Jesus para sermos filhos de Deus; do mesmo modo somos dependentes de Jesus para nos chegar a Deus, posto que ele é o único mediador entre nós; e, somos, também, dependentes dele para sermos salvos.
O homem não chega a Deus sozinho. Sozinho o homem seria como pessoas no escuro tentando achar a saída da casa. Com o tato é até possível que encontrasse a saída, mas é impossível ao homem achar a entrada dos céus. Para ser salvo, o homem depende de uma escolha divina; depende do Espírito Santo para fazê-lo nascer de novo; depende do Espírito Santo para vencer a própria natureza que o induz sempre ao erro; depende em vários outros aspectos para ser salvo. Depende dos atos de Cristo, seja em Sua vida e morte, para conseguir o perdão divino.
A igreja glorifica a Cristo quando se mostra realmente dependente dos seus atos. Ela glorifica a Cristo quando não busca a justificação dos seus erros nos próprios atos, mas confia em Cristo e em sua obediência absoluta para conseguir o perdão de Deus. Muitos são os homens que enchem as igrejas, mas que nunca dependeram de Jesus Cristo para sua salvação. São homens e mulheres que, como os fariseus e saduceus, confiam em sua religiosidade e na obediência a alguns princípios. São pessoas que dizem, como ouvi de uma pessoa insatisfeita com essa dependência, que “isto está errado! De alguma forma eu tenho que merecer algo por tudo o que eu faço para Deus!” A dura realidade para essas pessoas é que não merecem nada de Deus por tudo o que fazem para Ele. Como servos, não fazem nada mais que a obrigação. Deus ainda os trata como servos inúteis por fazer somente o que lhes é exigido, isso quando fazem o que lhes é exigido.
A igreja glorificará a Jesus Cristo quando depender única e exclusivamente dEle em tudo o que se refere a sua vida material e espiritual. Paulo disse: “O qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
Jesus se nos tornou “Sabedoria”.Com essas palavras Paulo mostra que a sabedoria do servo de Deus é dependente da sabedoria que vem do alto, ou seja, o próprio Jesus Cristo se fez nossa sabedoria para que pudéssemos tomar posse das bênçãos celestiais preparadas para os salvos. Se dependêssemos de nossa sabedoria humana não alcançaríamos nada de Deus, posto que as coisas de Deus são espirituais e se discernem espiritualmente. Deus providenciou, em Cristo, uma maneira de nos achegarmos a Ele.
Jesus se nos tornou “justiça”. Seja verdadeiro e pergunte-se: O homem obedece a Deus como ele deseja? Como a resposta será negativa, lembrarei que a penalidade para a desobediência a Deus é a morte. Nenhum homem conseguiu ou conseguirá obedecer a Deus. Talvez o homem consiga obedecer a Deus em alguns aspectos, mas em muitos aspectos ele o desobedecerá. Se o homem errar uma vez apenas é merecedor do castigo divino. Sendo assim, quem seria salvo? Ninguém!
É por isso que a igreja precisa reconhecer a dependência em Jesus Cristo. Ele se nos tornou justiça. A consideração que Deus terá com qualquer homem e o tratamento como alguém que poderá se colocar em sua presença é dependente da obediência de Jesus. Nenhum homem é ou será considerado justo diante de Deus por suas atitudes consideradas corretas. Deus vai tratar como justo aquelas pessoas que dependeram da justiça de Cristo e nunca buscaram justiça própria. Deus quer ver Seu filho sendo glorificado na Igreja através da dependência desta igreja aos atos de justiça praticados por Jesus Cristo.
Jesus se nos tornou “santificação”. O autor da carta aos Hebreus, no capítulo 12.14, nos diz que sem a santificação ninguém verá o Senhor. Ser santo, puro, irrepreensível e perfeito são qualidade essenciais aos homens que entrarão nos céus. Mas eu lhe pergunto: Qual homem ou mulher que você conhece tem essas qualidades? Nenhum? Eu, também, não conheço ninguém que as tenha.
É por causa da falta dessas qualidades, que serão exigidas de todos nós, que todos os que desejam ir para os céus precisam depender de Jesus Cristo. Entre os nascidos de mulher não existe um homem sequer que tenha as qualidades exigidas por Deus para morar nos céus com Ele. Os homens que entrarem nos céus, santos e perfeitos como Deus exige, estarão nessas condições porque foram santificados por Jesus Cristo. É o que a Bíblia chama de lavar-se no sangue do cordeiro. Ninguém tomará um banho no sangue de Jesus. Nós confiaremos e dependeremos do Seu sangue derramado na cruz para que todos os nossos pecados sejam purificados e possamos, então, ser tratados por Deus como santos e irrepreensíveis.
Jesus também se tornou nossa “Redenção”. Redimir é pagar o preço da dívida. Se alguém deve a outro algum valor e outra pessoa paga sua dívida, essa pessoa redimiu o devedor diante do seu credor. Do mesmo modo, Jesus Cristo se tornou o nosso redentor, quando lá na cruz, tomou sobre si a condenação por todos os nossos pecados. Ele não devia a ninguém, mas como o Cordeiro puro e sem defeito, pagou o preço dos pecados de todos aqueles que crêem nele como Salvador.
A igreja glorificará a Jesus Cristo quando depender da sabedoria, justiça, santificação e redenção realizadas por Ele em sua vida e morte na cruz. Esse é o grande desafio para você, meu irmão. Deixar de confiar em si mesmo e de procurar justificação em seus próprios atos e passar a depender somente de Jesus é o desafio proposto por Deus aos homens. Aqueles que dependem de Jesus mostram que aceitaram o desafio e por isso glorificam a Deus em seu Filho.
Acabamos de ver que a igreja glorifica a Deus, em Jesus Cristo, quando Ela se porta como sendo Sua propriedade particular, e também, quando depende somente dos atos de Cristo para sua salvação.
A terceira forma que observaremos é: A IGREJA GLORIFICA A JESUS QUANDO ELA SE CONSCIENTIZA QUE SUA GLÓRIA ESTÁ EM SEU SALVADOR. Paulo diz: “Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Iniciei esse estudo contando uma situação onde um homem recebe uma homenagem e se sente honrado. Para um homem chegar ao ponto de receber uma homenagem ele já andou muitos quilômetros em sua vida. Ele já passou pelo banco do colégio primário e escalou os degraus da educação. Ele iniciou a difícil tarefa de conseguir o primeiro emprego e se manter nos vários empregos que o homem enfrenta em sua vida. Ele se levantou muito cedo e se alimentou para estar forte e em condições de trabalho. Depois de passar por tudo isso ele acabou sendo homenageado.
Será que esse homem pode ficar com essa glória para si? A educação que ele recebeu e a inteligência para conseguir o crescimento, vieram dele mesmo? O alimento e a força para o trabalho vieram apenas de suas mãos e do esforço próprio? O trabalho que realizou e as idéias que foram honradas vieram de si mesmo? Com toda a certeza não! O homem é dependente da ação de Deus. Ele necessita de Deus para se levantar pela manhã, para trabalhar e para ter boas idéias. Sendo assim a honra pelo trabalho realizado não deve ficar apenas em suas mãos, mas deve ser dedicada àquele que realmente fez o trabalho ser realizado – Deus.
Dissemos que JESUS É A GLÓRIA DA IGREJA, esse foi o nosso tema. Para dar a glória devida a Jesus Cristo vimos que a igreja deve se portar como suapropriedade particular e também deve depender única e exclusivamente dos atos de Jesus para ser salvo. Agora dizemos que a igreja glorifica a Cristo quando se conscientiza que sua glória está em Cristo. A igreja glorificará a Cristo de fato quanto todos os servos de Deus deixarem de buscar honras e glórias para si mesmos e darem a Cristo o reconhecimento de que tudo o que se tem, se tem por que Ele nos proporcionou, não por merecimentos próprios, mas por misericórdia e graça.
O homem se mantém de pé pela graça de Deus. Se Deus afasta sua mão graciosa, que restringe nossa natureza pecaminosa, ainda que seja por um minuto, qualquer homem ou mulher cai em pecado. Se não pecamos é porque a graça de Deus não nos deixa pecar. Então, até o “não pecar” não é motivo de vanglória, pois a fidelidade do crente é dependente de Deus.
Paulo disse: “Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. Esse desafio deve fazer parte da vida de todos os crentes: Não se gloriar em si mesmo. É um grande desafio agir de forma a não querer ficar com as glórias de um bom desempenho numa cantata de natal onde você fez um belo solo; não ficar com as glórias por um trabalho realizado com esmero na igreja; não ficar com as glórias de fazer parte do povo de Deus há muitos anos; não ficar com as glórias de ser um dos pioneiros da igreja; não ficar com as glórias de ter sido a pessoa através da qual muitas pessoas se converteram.
Para não ficar com essas glórias é preciso que você se conscientize que sua glória está em Cristo. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. Tudo o que você fez não seria realizado se Deus não o capacitasse para que concretizasse essa obra. Sua sabedoria, força, dedicação, empenho… tudo o que você é e tem feito pela igreja é ação de Deus em sua vida. Sinta-se contente por ter sido um instrumento de Deus em tantas ações de Deus através de você. Alegre-se por ter tido o privilégio de ter sido usado por Deus, mas nunca caia na tentação de se gloriar por ter feito tudo o que você fez. Como servo de Deus você tem de fazer muito mais ainda e mesmo assim, ainda estará em dívida.
Irmãos, esse estudo visa mostrar que JESUS É A GLÓRIA DA IGREJA.
No decorrer do estudo mostramos alguns pontos de argumentação:
· A IGREJA GLORIFICA A JESUS CRISTO SENDO SUA PROPRIEDADE PARTICULAR. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus”.
· A IGREJA GLORIFICA A JESUS QUANDO DEPENDE DOS ATOS SALVÍFICOS DE CRISTO. “O qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
· A IGREJA GLORIFICA A JESUS QUANDO ELA SE CONSCIENTIZA QUE SUA GLÓRIA ESTÁ EM SEU SALVADOR. “Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Jesus deve ser glorificado em sua vida. Não estou dizendo que no culto você tem de cantar bonito ou participar ativamente dele. Você glorificará a Cristo, como sua Igreja, fazendo a Sua vontade, dando bom testemunho, dependendo dele e levando outros à essa dependência e, nunca se gabando de suas obras. Glorifique a Cristo. Essa é sua missão como Corpo de Cristo. Essa é a tarefa da igreja – Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre!