Um cavava poços o outro cavava problemas (Gênesis Cap. 26)
As promessas vêm do céu, mas os poços são cavados na terra.

UM CAVAVA POÇOS, O OUTRO CAVAVA PROBLEMAS
Gênesis 26
O título “Um cavava poços, o outro cavava problemas” descreve com precisão o contraste entre pai e filho neste capítulo. Embora Esaú apareça apenas nos dois últimos versículos, a diferença entre as preocupações de Isaque e as prioridades de Esaú se torna gritante. Um constrói; o outro destrói. Um aprofunda a promessa; o outro cava a própria ruína.
RESUMO:
1. Isaque cavava e limpava poços.
2. Esaú cavava problemas.
3. Isaque é grandemente abençoado.
1. ISAQUE CAVAVA E LIMPAVA POÇOS
Em regiões desérticas, um poço não é apenas um patrimônio — é vida, futuro, estratégia e posse da terra. Quem está de passagem bebe da água que encontra; quem veio para ficar cava poços.
Ao cavar e reabrir os poços de Abraão, Isaque estava reafirmando fé, continuidade e compromisso com a promessa. Porém, tomar posse do que Deus deu não significa ausência de oposição. Ele enfrentou:
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Fome (v. 1)
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Medo (v. 7–11)
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Inveja (v. 14)
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Entulho (v. 15 e 18)
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Rejeição (v. 16)
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Roubo e contendas (v. 20–21)
Mesmo assim, Isaque não parou. Ele cavava, limpava, reconstruía — e Deus confirmava.
Conexão com Cristo:
Assim como Isaque perseverou diante da oposição, Jesus cavou o “poço da salvação” por nós. Ele suportou fome, rejeição, inveja, falsas acusações e a cruz, permanecendo firme até o fim para que nós tivéssemos acesso à água viva (Hb 12.2; Jo 4.14).
Aplicação Prática:
Quando Deus te dá uma promessa, cave. Não pare nos entulhos da vida. Remova medo, ressentimentos e vozes contrárias. Persevere. Cada poço limpo hoje será água para sua família amanhã.
2. ESAÚ CAVAVA PROBLEMAS
Os dois últimos versículos revelam o desinteresse completo de Esaú pelas coisas espirituais. Enquanto seu pai batalhava para firmar raízes e cumprir a promessa, Esaú cuidava apenas de seus próprios impulsos.
Ele rompe com a tradição familiar, ignora a história de fé de seus pais (Gn 24) e se casa com duas mulheres heteias, Judite e Basemate — alianças que trouxeram amargura profunda para Isaque e Rebeca (v. 35).
Depois de trocar a primogenitura por um prato de lentilha, Esaú reafirma seu coração carnal, rebelde e precipitado.
Conexão com Cristo:
Se Esaú representa quem despreza a promessa, Jesus representa quem a cumpre perfeitamente. Em vez de satisfazer impulsos imediatos, Cristo rejeitou todos os atalhos (Mt 4) para nos abrir o caminho da obediência e da verdadeira herança.
Aplicação Prática:
Cuidado com decisões impensadas que parecem pequenas mas geram anos de amargura. Não negocie sua herança espiritual por prazeres momentâneos. Ore antes de decidir. Busque conselhos piedosos. Não cave problemas onde Deus quer cavar promessa.
3. ISAQUE É GRANDEMENTE ABENÇOADO
Isaque não permitiu que oposição, entulho ou rejeições o paralisassem. Ele permaneceu firme em Deus — e foi grandemente honrado.
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Deus o visitou duas vezes (v. 2 e 24).
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Ele se apegou à promessa (v. 3–5).
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Deus alargou sua tenda (v. 22).
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Ele cavou novos poços e reabriu os antigos (v. 18, 25, 32).
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Seus inimigos o reconheceram como homem de Deus (v. 29).
Isaque descobriu uma verdade eterna:
As promessas vêm do céu, mas os poços são cavados na terra.
Conexão com Cristo:
Cristo é o cumprimento da promessa feita a Abraão e relembrada a Isaque. Ele é o Poço Eterno de onde jorra água viva. Em Cristo, Deus amplia nossa tenda, firma nossa identidade e nos conduz ao descanso verdadeiro.
Aplicação Prática:
Seja constante. Não se compare com Esaú nem com quem cava problemas. Apenas continue cavando onde Deus te plantou. O favor de Deus encontra quem persiste na obediência.
CONCLUSÃO
Enquanto o pai cavava poços e limpava os antigos, o filho cavava problemas.
A diferença não estava nas circunstâncias, mas nas decisões.
Qual é o seu perfil?
Você vive como Esaú, movido por impulsos, cavando confusão?
Ou como Isaque, aprofundando poços que abençoarão gerações?
Que Cristo — o Poço da Vida — nos ensine a escolher o caminho da promessa, não o da precipitação.
Título: Um cavava poços, o outro cavava problemas
Autor: Pr Ronaldo Alves Franco
Data: 15/10/2020
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Egoísmo não leva ao cumprimento dos planos divinos. O exemplo é Esaú. Isaque, seu pai, moldava sua vida procurando harmonizá-la com a vontade revelada de Deus. E para tal enfrentava todo tipo de dificuldade e obstáculo que aparecia em sua frente, pois tinha consciência que isso traria o favor do SENHOR. Por outro lado, Esaú, desprezou a Deus. “O caminho de Deus é perfeito; a Palavra do SENHOR é provada; Ele é escudo para todos os que nele se refugiam”(Sl 18.30).
Isaque buscou a Deus em sua vida, enquanto Esaú desprezou a Deus. Ambos receberam do Criador a resposta: “Se O buscares, Ele deixará achar-se por ti, se O deixares, Ele ti rejeitará para sempre” (1 Cr 28.9c).
A experiência humana mostra isso, quando se vai evangelizar alguém, a família não deixa e ainda responde com refutação:
– Infante: “ele é muito criança, deixe-o brincar”;
– Jovem: “ele está muito enamorado, deixe-o amar”;
– Ao que constitui matrimônio: ele está muito preocupado em cuidar da família, não o pertube”;
– Ao que está trabalhando para adquirir patrimônio, “está muito ocupado,não o desconcentre”;
– Ao senil, “está muito velho, não confunda sua cabeça”;
– No túmulo, “agora é muito tarde”.
Passar pela existência sem ter recebido a Jesus é a maior tragédia da vida humana. Morre triste e infeliz, pois sua alma sabe da condenação eterna.
Sem Deus a vida é um grande engano, uma tragédia de consequências eternas: Aquele que tem o Filho [=Jesus] tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus, não tem a vida”(1 Jo 5.12).
Em qualquer estágio da vida, é tempo de receber a Jesus!