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POR QUE VOCÊS ESTÃO AÍ DE BRAÇOS CRUZADOS?
Gênesis 42

Jesus é a verdade que nos liberta – João 14.16

“POR QUE VOCÊS ESTÃO AÍ DE BRAÇOS CRUZADOS?” foi o título escolhido para este sermão para nos lembrar que não adianta ficar de braços cruzados diante das crises.

Jacó e seus filhos começam a sentir os efeitos da escasses de alimentos nos anos das “vacas magras”. A fome estava batendo à porta e não havia perspectiva de se colher coisa alguma, isso os deixou “travados”, estagnados diante da crise.

Quando Jacó soube que havia mantimentos no Egito, disse aos filhos: Por que vocês estão aí de braços cruzados? Ouvi dizer que no Egito há mantimentos. Vão até lá e comprem cereais para não morrermos de fome. Então, dez irmãos de José (por parte de pai) vão até o Egito para comprar mantimentos. (vs 1 a 3).

Jacó não permitiu que Benjamim fosse junto com eles, por medo de que lhe acontecesse alguma tragédia, como aconteceu com José, que ele acreditava ter sido morto por alguma fera.

No entanto, sair da estagnação nunca é fácil, para conseguir isso, os filhos de Jacó tiveram que romper certas BARREIRAS:

1) A BARREIRA DO ORGULHO (vs 5 e 6)

Em dois momentos os filhos de Jacó precisaram “engolir” o orgulho:


a) Primeiro, quando Jacó deu uma bronca neles: “Por que vocês estão aí de braços cruzados?” (vs 1)

Muitas pessoas não aceitam uma repreensão áspera como esta. Se revoltam, ficam ofendidas, mas continuam sofrendo, de braços cruzados. Devemos sempre louvar a Deus quando somos repreendidos: “Quem despreza a correção cai no escândalo e na pobreza, entretanto, quem acolhe a repreensão é abençoado com honra!” (Pv 13.18) 


b) Segundo, quando ficaram diante de José no Egito:

“Os filhos de Jacó foram comprar mantimentos junto com outras pessoas, pois em todo o país de Canaã havia fome. Como governador do Egito, era José quem vendia cereais às pessoas que vinham de outras terras. Quando os irmãos de José chegaram, eles se ajoelharam na frente dele e encostaram o rosto no chão.”

Eles ainda não sabiam que o poderoso Zanate-Panéia (Gn 41.45) era seu irmão José, que eles venderam como escravo (Gn 40). Eles tinham dinheiro para comprar os alimentos (vs 25), mas, mesmo assim, tiveram que se ajoelhar e encostar o rosto em terra. Era o costume do Egito e, caso eles não se humilhassem, certamente não iriam conseguir comprar nada.

Para fugir da estagnação, para “destravar”, muitas vezes precisaremos nos humilhar, como, por exemplo, aceitar um emprego ganhando menos, abrir mão de certos confortos, eliminar luxos e desperdícios, tirar os filhos da escola particular etc. 

“Pois todo o que se exaltar será humilhado, e o que se humilhar será exaltado.” (Lc 14.11)

Enquanto não rompermos a barreira do orgulho, dificilmente sairemos da crise nem iremos vencer a estagnação.

2) A BARREIRA DA CULPA DO PECADO (vs 7 a 24)

José os reconhece e inventa um motivo qualquer para mantê-los mais tempo no Egito (acusa-os de espionagem), mas, na verdade, ele queria mesmo era obter mais informações do seu pai e do seu irmão mais novo, Benjamim, também filho de Raquel, como ele.

Neste momento, a traição que eles cometeram contra José vinte anos atrás volta à consciência, a culpa reaparece:
“E disseram uns aos outros: —De fato, nós agora estamos sofrendo por causa daquilo que fizemos com o nosso irmão. Nós vimos a sua aflição quando pedia que tivéssemos pena dele, porém não nos importamos. Por isso agora é a nossa vez de ficarmos aflitos. E Rúben disse assim: —Eu bem que disse que não maltratassem o rapaz, mas vocês não quiseram me ouvir. Por isso agora estamos pagando pela morte dele.” (vs 21 e 22)

Enquanto o perdão de Deus não nos alcançar, o nosso passado sempre nos acusará, e a culpa sempre nos causará muito sofrimento.

“Dívidas são âncoras que nos mantém presos ao passado.” Ninguém avança de verdade na vida enquanto não resolve o seu passado.

E somente o sacrifício de Cristo pode nos proporcionar a libertação da culpa do pecado.

PONTO-CRUZ (use este PC aqui)  – O que é isso?
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. (1 João 4.10) 

3) A BARREIRA DA FALTA DE COMPROMISSO (vs 25 a 38)

Por fim, somente Simeão ficou preso no Egito. Os demais voltaram para casa com a obrigação de trazer Benjamim à presença de José.

Evidentemente Jacó não concordou com isso, mas ele não tinha muita escolha, se quisesse Simeão de volta. E ele queria.

Neste momento Rúben se compromete profundamente com os resultados, ele dá seus dois filhos como garantia de que trará Benjamim de volta:

“Aí Rúben disse ao pai: —Deixe que eu tome conta de Benjamim; eu o trarei de volta para o senhor. Se não trouxer, o senhor pode matar os meus dois filhos.” (vs 37).

Depois que a pessoa se compromete com os resultados, e somente depois disso, é que ela sai da estagnação.

Senão a pessoa fica naquele eterno círculo vicioso de vai e volta, cai e levanta, começa e não termina nada, emagrece e engorda etc.

Enquanto não houver um compromisso de alma, a pessoa só apresenta desculpas ou respostas evasivas (“Vamos ver…”).

Enquanto não derrubarmos a barreira da falta de compromisso, não haverá um caminho novo à nossa frente.


CONCLUSÃO

As crises e os problemas costumam nos deixar “travados” na vida. Para sair deste marasmo, muitas vezes vamos precisar romper as barreiras do orgulho, da culpa do pecado e da falta de compromisso. Mas isso só é possível pela operação da graça de Cristo em nós, ação direta do Espírito Santo de Deus.

E quanto a você, está “travado” na vida? Quais barreiras você precisa romper?

 

Título: Por que vocês estão aí de braços cruzados?
Autor: Pr Ronaldo Alves Franco
Site do Pastor
Data: 27/01/2021

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1 comentário em “Por que vocês estão aí de braços cruzados?”

  1. Quem assume ser cristão,precisa agir como cristão e testemunhar publicamente do SENHOR a um mundo já maduro para o juízo.
    Não é correto exercermos um cristianismo infrutífero ,limitando-se a ir aos cultos da igreja com uma certa frequência,dar dízimos e ofertas e ficar dizendo:”estou fazendo além de minha obrigação”.
    Esse é um pecado moderno:o pecado de não fazer nada!
    “Se não fizerdes assim,eis que pecastes contra o SENHOR;e sabei que o vosso pecado vos há de achar”(Nm 32.23).
    Quando ‘algo’ está ao alcance do cristão fazer para honrar o nome de Deus e ele não o faz,por negligência,preguiça,ociosidade,comodismo,então esse cristão está pecando.Sombra e água fresca em tempos de guerra é um crime terrível,quase imperdoável.
    Isso é ser falso diante de Deus.O pecado de não fazer nada revela também egoísmo,falta de amor e fraternidade além de demonstrar ingratidão.
    O pecado de não fazer nada também é um pecado que contagia o próximo desencorajando-o a trabalhar na obra de Deus.
    Por fim,o pecado de não fazer nada é um pecado de desobediência contra o próprio Deus:”Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”(Mc 16.15).
    Os filhos de Jacó ficaram sem fazer nada,negligenciaram o dever de informar ao pai Jacó a verdade e os seus pecados os acharam mais tarde.
    Não deve ser assim com o cristão pois Jesus nos deu a ordem:”[Eu]vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça”(Jo 15.16b).

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