Parente é parente (Gênesis Cap. 14)

PARENTE É PARENTE

Depois de ter passado a perna em seu tio, Ló jamais imaginaria que Abrão arriscaria a própria vida para resgatá-lo. Mas foi exatamente isso que aconteceu. Afinal, como diz o ditado: “Parente é parente”. Há tempo de afastar e há tempo de reaproximar, especialmente quando aquele parente, ou mesmo alguém que nos feriu no passado, está em perigo e precisa do nosso socorro.

Este capítulo nos ensina três discernimentos essenciais para a vida de um homem ou mulher de Deus.

RESUMO
1) ENTENDA QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS MUDAM (Gn 14.1-11)
2) FAÇA SEMPRE A COISA CERTA NA HORA CERTA (Gn 14.12-17)
3) SEJA CRITERIOSO EM SUAS ALIANÇAS (Gn 14.18-24)

1) PARENTE É PARENTE – DISCERNIMENTO:
ENTENDA QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS MUDAM (Gn 14.1-11)

Ló havia escolhido os melhores pastos, passando por cima do direito do seu tio. Porém, uma grande guerra envolvendo nove nações transformou a terra “promissora” numa zona de conflito. O que parecia vantagem se tornou armadilha, e Ló foi levado cativo com sua família. Abrão, ao perceber isso, não jogou o passado na cara do sobrinho, mas decidiu agir com compaixão.

Conexão com Jesus: Assim como Abrão não ficou preso ao passado, Jesus também não nos trata segundo os nossos erros. Ele não lança em rosto nossas escolhas erradas, mas vem ao nosso encontro para nos libertar. Na cruz, Cristo arriscou – e deu – a própria vida para resgatar os que estavam em cativeiro.

Aplicação Prática: Não trate as pessoas apenas pelo que foram ou pelo que fizeram no passado. Entenda que as circunstâncias mudam, e aquele que errou pode hoje estar precisando da sua mão estendida. O cristão maduro não vive de ressentimento, mas de compaixão.

2) PARENTE É PARENTE – DISCERNIMENTO:
FAÇA SEMPRE A COISA CERTA NA HORA CERTA (Gn 14.12-17)

Naquele momento, a coisa certa era agir. Abrão pegou seus homens treinados e partiu para libertar Ló. Orar é fundamental, mas há momentos em que a oração precisa ser acompanhada de ação. Não basta dizer ao faminto: “Vou orar por você”. É preciso dar pão e estender ajuda real.

Conexão com Jesus: Jesus também não ficou apenas em palavras de compaixão. Ele se envolveu, tocou os doentes, multiplicou pães, chorou com os que choravam e deu a vida por nós. Sua compaixão foi prática, sacrificial e transformadora.

Aplicação Prática: Faça o que é certo, mesmo que custe esforço. Não adie a obediência. O sofrimento não pode esperar discursos; precisa de atitudes. Seja a resposta de oração de alguém, agindo no tempo oportuno.

3) PARENTE É PARENTE – DISCERNIMENTO:
SEJA CRITERIOSO EM SUAS ALIANÇAS (Gn 14.18-24)

Após a vitória, Abrão encontrou dois reis: Melquisedeque, rei de Salém, e o rei de Sodoma. Ele aceitou a bênção de Melquisedeque, mas rejeitou os presentes do rei de Sodoma, para não ficar amarrado a alianças comprometedoras. Abrão sabia distinguir de quem receber e de quem se afastar.

Conexão com Jesus: Cristo também nos alerta sobre as alianças. Ele mesmo foi tentado por Satanás a receber reinos em troca de adoração, mas rejeitou. Jesus escolheu a vontade do Pai em vez de pactos com o inimigo. Nele, aprendemos a buscar a aprovação de Deus, e não dos homens.

Aplicação Prática: Seja criterioso com quem você anda, com quem faz parcerias, de quem aceita favores. Muitas vezes, uma “ajuda” pode custar caro espiritualmente. Escolha alianças que aproximem você de Deus, e não que o amarram ao pecado.

Conclusão

As circunstâncias mudam, e aqueles que ontem nos feriram podem hoje precisar de nossa ajuda. O cristão maduro entende isso, não vive de ressentimentos, mas de compaixão. É chamado a agir na hora certa e a ser criterioso em suas alianças. Assim como Cristo nos resgatou, somos enviados a ser agentes de resgate para outros — sempre firmados na justiça e graça de Deus.

Título: Parente é parente
Autor: Pr Ronaldo Alves Franco
Data: 16/06/2020

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