Os perigos da omissão (Juízes Cap. 05)
Coisa difícil de se arrepender

OS PERIGOS DA OMISSÃO
Juízes 5 é o cântico de Débora e Baraque após a libertação narrada em Juízes 4. O hino celebra quem se dispôs a lutar e expõe quem se omitiu. Assim, aprendemos que Deus age soberanamente, mas convida pessoas comuns a cooperar. Por isso, este sermão chama você a sair da passividade e a participar ativamente da missão de Deus.
A omissão é um dos temas centrais e silenciosos de Juízes 5, e o cântico de Débora e Baraque deixa isso evidente ao mencionar tribos que, diante de uma convocação divina, preferiram não se envolver na batalha. Enquanto algumas tribos — como Zebulom e Naftali — arriscaram suas vidas, outras ficaram presas a seus interesses e confortos.
OS PERIGOS DA OMISSÃO
- Ela nos afasta do mover de Deus.
- Revela a distorção das nossas prioridades.
- Gera arrependimento tardio.
- Perde a bênção específica da vitória.
1. A omissão é perigosa porque ela nos afasta do mover de Deus
Quando Deus está agindo e nós nos mantemos neutros, não ficamos simplesmente “de fora”, mas nos posicionamos contra a oportunidade de sermos instrumentos nas mãos d’Ele. As tribos que se omitiram perderam a chance de ver milagres e de fazer parte de uma vitória histórica.
Se as pessoas se dispõem, os inimigos recuam (Jz 5:2,9,15-17).
“Quando os chefes se dispuseram… bendizei ao Senhor.” (Jz 5:2) “Meu coração está com os comandantes… que voluntariamente se ofereceram.” (Jz 5:9) “Entre as divisões de Rúben… grandes resoluções.” (Jz 5:15-16).
“Bendita seja… Jael.” (Jz 5:24).
Aplicação prática: escolha uma frente de serviço (intercessão, discipulado, ajuda social, limpeza, administração, panfletagem etc.) e comprometa-se esta semana com uma ação específica e mensurável.
Conexão com Jesus: a neutralidade é pecado: “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg 4:17). Em Cristo, somos chamados a agir.
2. A omissão revela a distorção das nossas prioridades
Algumas tribos ficaram cuidando de seus negócios e interesses imediatos. A omissão, muitas vezes, não é fruto de incapacidade, mas de escolhas — e nossas escolhas mostram o que realmente valorizamos.
Os seus irmãos de fé conhecem as suas prioridades pelo seu envolvimento ou não com a obra de Deus.
Deus luta por nós, mas nos chama a cooperar (Jz 5:4-5,20-21).
“Tremeram a terra… os céus gotejaram.” (Jz 5:4-5) “Desde os céus pelejaram as estrelas.” (Jz 5:20) “O ribeiro Quisom os arrastou.” (Jz 5:21)
Aplicação prática: ore antes de agir, e aja após orar. Monte um pequeno plano: pessoas a alcançar, passos, prazos. Deus age; nós cooperamos.
Conexão com Jesus: Ele nos cria para obras concretas: “Pois somos feitura dele… para boas obras.” (Ef 2:10). Graça que salva também envia.
3. A omissão é perigosa porque ela gera arrependimento tardio
Aquelas tribos que não se engajaram não puderam voltar atrás no tempo e recuperar a chance de servir. Oportunidades de obedecer e servir ao Senhor são únicas; quando passam, não voltam.
Para a igreja de hoje, o alerta é direto: Muitos preferem “assistir” o avanço do Reino de Deus em vez de se engajar. Alguns esperam que outros evangelizem, discipulem, ajudem os necessitados ou intercedam, como se isso fosse responsabilidade de uns poucos. Essa postura não apenas prejudica a obra, mas também nos priva de experimentar a alegria e a honra de sermos usados pelo Senhor.
No dia da vitória, as tribos que se omitiram ficaram sem cântico, sem testemunho e sem história para contar. O mesmo pode acontecer conosco: quando permanecemos de braços cruzados, o Reino avança — mas sem nossa participação.
Perderam a oportunidade do louvor sincero pelos feitos do Senhor pois estavam distantes da batalha: “Ouvi, ó reis; dai ouvidos, príncipes.” (Jz 5:3) “Ali se contarão os feitos justos do Senhor.” (Jz 5:11).
Ofereça hoje um gesto simples e firme (proteger, reconciliar, prover, interceder). Pequenas ações, no tempo de Deus, têm grande impacto.
Deus escolhe os improváveis: “Deus escolheu as coisas loucas do mundo…” (1Co 1:27). E nosso Rei serviu primeiro: “O Filho do Homem… para servir e dar a sua vida.” (Mc 10:45).
Aplicação prática: registre vitórias de Deus (um caderno/nota no celular). Compartilhe um testemunho curto no grupo da igreja para encorajar outros a servirem.
Conexão com Jesus: fomos feitos para anunciar: “Vós sois… para anunciar as virtudes daquele que vos chamou.” (1Pe 2:9). O louvor público convoca o povo à missão.
4. Os perigos da omissão — perde a bênção específica da vitória (Jz 5:31)
“Assim pereçam todos os teus inimigos, ó Senhor; porém os que te amam sejam como o sol quando se levanta.” (Jz 5:31)
Há uma bênção específica somente para os que se engajam na obra de Deus: Serão como o sol quando se levanta.
Aplicação prática: faça um pacto pessoal: “não serei espectador”. Inscreva-se em uma escala de serviço e convide alguém para servir com você.
Conexão com Jesus: ele nos faz diligentes: “Sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor.” (Rm 12:11). Em Cristo, trocamos omissão por obediência.
Conclusão
Juízes 5 denuncia a passividade e exalta a disponibilidade. Portanto, diga “eis-me aqui”, sirva com o que tem e onde está. Comece pequeno, mas comece hoje: ore por três pessoas, ofereça ajuda prática a uma família e compartilhe o evangelho com clareza e amor. Deus usa pessoas comuns para cumprir Seu propósito.
Convite à ação: Partilhe este esboço com sua equipe, defina uma tarefa de serviço para esta semana e testemunhe no culto de domingo o que Deus fez.
- Deus usa gente comum que se dispõe. Participe da missão hoje!”
- Não seja espectador. Em Cristo, troque a passividade por obediência.
- Pequenas ações, grande impacto: aprenda com Débora, Baraque e Jael.
Título: Os perigos da omissão – Juízes Cap. 5
Pr Ronaldo Franco
Data: 13/08/2025
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