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Osvaldo trabalhou muitos anos como capataz de uma fazenda em Crixás, Goiás, até conseguir economizar um dinheiro que lhe possibilitou adquirir uma boa propriedade em Araguatins.

Levou a família para lá e trabalhou mais de um ano arrumando cerca, roçando mato, cultivando a terra.

Quando ia fazer a primeira colheita, descobriu que havia sido enganado por falsários. A propriedade, de fato, não lhe pertencia. Debaixo de ameças, ele a sua família deixaram tudo para trás e voltaram a Crixás e à “estaca zero”.

Osvaldo entrou em depressão. O mundo acabou para ele. A vida perdeu a graça. Ele perdeu até o ânimo para trabalhar. Entregou os pontos.

Seu antigo patrão, que gostava muito dele, convidou-o para acompanhá-lo numa viagem a Goiânia para ajudá-lo a escolher um carro.

Depois de comprar o veículo, foram ao Hospital do Câncer “Araújo Jorge”.

Osvaldo não entendeu muito bem o que estavam fazendo ali, mas ficou sentado na sala de espera, ao lado do seu amigo, observando todo aquele sofrimento, dor, lágrimas, desespero.

Homens e mulheres, velhos e crianças, ricos e pobres, gente feia e gente bonita; todos padecendo.

Nenhum dos dois disse nada. Não foi preciso.

Imediatamente, a depressão de Osvaldo foi-se indo embora, pois não se tratava de uma doença, apenas de uma profunda tristeza por ter sido enganado. Mas, ali, em meio à todo aquele sofrimento, o capataz compreendeu que apesar de ter perdido tempo, dinheiro e esperança, ele e sua família continuavam vivos e com saúde.

Osvaldo decidiu virar aquela página de sua vida, agradeceu a Deus e voltou a trabalhar.

Tem compaixão de mim, ó Senhor, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo – Salmo 31-9

 

Autor desconhecido.
Colaborador: Pr João Ferreira da Costa.

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