Suicídio num lamaçal: Uma história sobre escolhas e consequências.
Dois garotos viviam e se divertiam bastante numa fazenda, onde seus pais trabalhavam. Eles eram grandes amigos, mas acabaram se distanciando, pois um deles decidiu estudar, enquanto que o outro “detestava livro”.
Em razão de que na fazenda não tinha como continuar seus estudos, aquele que resolveu estudar mudou-se para a cidade; foi morar com uma tia e enfrentou — de cabeça erguida — todos os tipos de dificuldades e privações, mas venceu e veio a se tornar um próspero dono de um escritório de contabilidade.
E eles nunca mais se encontraram, até que num certo dia o contador recebeu um telefonema informando que o seu amigo de infância estava a ponto de cometer suicídio num lamaçal, mas pedia para vê-lo.
Ao chegar à fazendo deparou-se com um quadro muito triste: seu amigo estava assentado no topo de uma estaca cravada no meio do chiqueiro dos porcos ameaçando saltar de cabeça.
– Por que você está fazendo isso, meu amigo, falando de suicídio num lamaçal fedorento como esse? perguntou ele.
– Me cansei dessa vida, tudo que faço é limpar merda de porco; a minha vida é uma droga.
O amigo rico, depois de muito diálogo, o convenceu a descer da estaca. Colocou-o em seu carro e sai para para dar uma volta com ele. Como a conversa não chegava a lugar nenhum, ele decidiu levá-lo para conhecer o mar, coisa que o cuidador de porcos nunca tinha visto.
Lá no alto da serra, antes de começar a descida, eles pararam para ver o mar e contemplar a beleza da paisagem. Mas nada disso parecia animar o pobre.
O contador planejou, então, aplicar no seu amigo suicida um tratamento de choque. Ele o levou a uma belíssima praia e lhe disse:
– Apesar de nunca mais a gente ter se encontrado, eu quero que você saiba que eu gosto muito de você. Nunca esqueci da nossa amizade, por isso eu não poderia deixar você cometer suicídio num lamaçal nojento como aquele. Não, senhor, você é meu amigo e merece coisa melhor. Eu te trouxe aqui para você acabar com a sua vida de um jeito mais charmoso, com um pouco mais de classe. Morrer afogado numa praia dessa é mais chique que quebrar o pescoço num chiqueiro. Agora desça do carro e termine o que começou. Eu vou almoçar num restaurante belíssimo que vi na avenida principal e daqui a uma hora eu volto pra identificar o seu corpo. Prometo entregá-lo para seus pais e lhe garanto um funeral digno.
Uma hora depois o amigo rico retornou ao local e qual não foi a sua surpresa ao ver o amigo pobre assentado na areia fazendo um castelo de areia.
– Ué… desistiu? perguntou amigo estudado.
– Eu não sabia que havia tanta beleza nesse mundão de Deus! Não quero mais pensar em coisa ruim… nem no chiqueiro nem na praia.
“Os meus ensinamentos lhe darão uma vida longa e cheia de sucesso” – Provérbios 3.2. |
Título: Suicídio num lamaçal.
Colaborador – Pr. Braz