ÁGUA BOA
Há uma linda história de um pobre árabe que encontrou uma fonte de água pura, algo raro em sua região acostumada com poços de água salobra. Ele reconheceu imediatamente que aquela água era digna de um monarca e, com o coração cheio de alegria, encheu seu odre daquela fonte preciosa. Movido por um sentimento nobre e generoso, decidiu levar o presente ao rei como forma de agradecimento.
A viagem até o palácio foi longa e cheia de dificuldades, mas o árabe não desistiu. Com perseverança e determinação, ele chegou aos pés do soberano e ofereceu seu tesouro com humildade e gratidão. O rei, com sabedoria e sensibilidade, não desprezou o gesto do homem simples e bebeu um pouco da água da fonte, agradecendo com um sorriso caloroso.
Enquanto os cortesãos ao redor do rei também ansiavam por provar daquela água rara e pura, o califa decidiu proibir que eles a tocassem. Depois ele explicou sua decisão com compaixão e sabedoria, revelando a verdadeira essência do ato de dar.
Durante a longa jornada do árabe, a água havia se tornado impura e desagradável ao paladar, mas o rei a recebeu com prazer porque compreendeu que era uma dádiva de amor, um presente valioso que representava sacrifício e gratidão.
O califa sabia que, se permitisse que outros bebessem da água, a impureza seria notada, e o coração do pobre homem seria magoado. Ele demonstrou assim que valorizava o sentimento genuíno por trás da oferta, muito mais do que a própria água. A sensibilidade e empatia do rei revelam uma lição profunda para todos nós: a verdadeira essência do dar não está apenas no objeto material, mas no amor, generosidade e intenção com que o presente é oferecido.
Da mesma forma, nosso Pai celestial, que é o maior conhecedor de nossos corações, aprecia e valoriza cada dom que oferecemos com amor e gratidão. Ele compreende os sacrifícios e esforços que fazemos ao dar, independentemente do valor material do presente. O importante é a motivação por trás da ação, a vontade sincera de compartilhar e abençoar os outros.
Assim, somos chamados a refletir sobre nossa própria generosidade e motivações ao dar. Que possamos aprender com essa bela história e compreender que nossos atos de amor e sacrifício têm um significado profundo aos olhos do nosso Pai celestial. Que o amor que nos move a dar seja sempre a força impulsionadora de nossas ações, e que nossa generosidade seja uma manifestação tangível de nossa gratidão e compromisso com o bem-estar dos outros.
Que, ao dar, possamos seguir o exemplo do pobre árabe e sermos motivados pelo amor, fazendo de cada gesto um verdadeiro presente valioso, independentemente de sua forma ou tamanho. Assim, nos conectaremos com o coração de Deus, e nossas ofertas se tornarão expressões genuínas de nossa fé e devoção a Ele.
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. – Mateus 7:12
Título: Água boa
Fonte: Coletânea de Ilustrações do Pr. Natanael de Barros Almeida
Data da publicação: 19/07/2023
Deixe seu comentário logo abaixo.
Veja também nossos demais esboços: Esboços
“Todos os vossos atos sejam feitos com amor” ( 1 Co 16.24). Esse verso é um mandamento!
“Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20.35).
Agir, espalhando amor, exige de nós abnegação e devoção a Deus e ao próximo. Sem o sacrifício voluntário, o nosso amor não seria amor verdadeiro. Nem mesmo os dons espirituais e o nosso serviço cristão não seriam coisa alguma sem o amor cristão ( 1 Co 13).
O amor acaba com as facções dentro da igreja e faz desaparecer o orgulho. A vantagem prática do cristianismo sobre todas as outras religiões é o amor.
Enquanto esperamos a volta do Senhor Jesus, que os nossos atos sejam permeados de amor e reflitam o amor de Deus derramado em nossos corações!