QUEBRA DE CONTRATOGênesis 30.25 a 31.55
Quebrar um contrato não é algo simples, especialmente para os cristãos genuínos que são orientados a honrar sua palavra, mesmo em situações desvantajosas.
Porém, o texto bíblico mostra Jacó tomando essa decisão não por rebeldia ou desonestidade, mas porque Labão já havia ultrapassado limites morais, espirituais e relacionais que nenhuma pessoa de Deus deve tolerar. Quando os limites são quebrados pelo opressor, o oprimido não está mais preso à injustiça, ao contrato.
RESUMO: A história de Jacó e Labão nos ensina quando é hora de permanecer e quando é hora de romper contratos, pois certos limites foram ultrapassados:1. O limite da decência.2. Da conivência ("quem cala consente").3. E da sobrevivência.
Labão transformou a relação familiar e profissional em um ambiente de exploração e imoralidade.Jacó serviu por vinte anos (31.41) praticamente de graça: sete anos por cada filha e seis anos pelo rebanho. Mesmo assim, Labão enganou, manipulou, explorou e usou suas próprias filhas como moeda de troca (31.15).
Imoralidade: enganou Jacó na noite de núpcias, causando uma ferida familiar permanente.
Falta de afeto natural: tratava as filhas como propriedade.
Falta de palavra: mudou o acordo dez vezes (31.41).
Ganância: enriquecia sozinho e queria deixar Jacó de mãos vazias (31.42).
Mentira e manipulação: tentou inverter a narrativa (31.26-28).
Perigo real: Jacó fugiu porque temia Labão e seus filhos (31.31).
Quando a decência é violada, a manutenção do contrato se torna injustiça.
Conexão com Cristo: Jesus denuncia líderes exploradores, que “atam fardos pesados e difíceis de suportar” e os colocam sobre as pessoas (Mt 23.4). Cristo é o oposto de Labão: Ele não explora, Ele liberta; não engana, fala a verdade; não suga, entrega-se por amor. Em Cristo encontramos o padrão perfeito de decência e verdade.
Aplicação Prática: Examine suas relações profissionais, ministeriais ou familiares. Se você está preso a acordos que violam a dignidade humana e ferem sua consciência diante de Deus, é hora de buscar direção do Senhor. Não normalize ambientes abusivos.
Conivência é “cooperar com um mal por silêncio, omissão ou tolerância”.Muitos continuam em ambientes indecentes porque têm medo de romper. Mas ficar calado diante do mal é participar dele, é ser cúmplice.
“Quem cala, consente.”
Paulo adverte: “Não participes dos pecados alheios” (1 Tm 5.22).
Como disse Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.”
O conivente se torna cúmplice de injustiças, abusos, violências, ganâncias, opressões e manipulações — tudo isso Labão praticava sem pudor.
Jacó percebeu que permanecer seria legitimar a perversidade.
Deus deseja a salvação de todos, mas Seu caráter não o permite ser CONIVENTE com o pecado, por isso Ele deu o Seu próprio Filho para morrer em nosso lugar para nos livrar da maldição da lei (Gl 3.13).
Havia risco real à segurança de Jacó e sua família.
Os filhos de Labão iniciaram uma campanha de difamação (31.1).
Labão demonstrava hostilidade aberta (31.2).
Jacó sabia que só não sofreu danos porque Deus o protegeu (31.42).
A permanência ali seria desobediência à ordem de Deus de partir (31.3).
Ficar seria pôr em risco esposa, filhos, bens e o propósito divino.
Quando um ambiente se torna perigoso física, emocional, espiritual ou familiarmente, é hora de romper — e rápido.
Conexão com Cristo: Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10.10). Ele é o Bom Pastor que livra Suas ovelhas do lobo. Permanecer em ambientes destrutivos contradiz o cuidado de Cristo. À semelhança de José e Maria que fugiram de Herodes para preservar o menino Jesus (Mt 2.13), Deus também nos orienta a sair de lugares que ameaçam nossa sobrevivência e missão.
Aplicação Prática:Se sua saúde física, emocional, espiritual ou familiar está em risco, não permaneça por medo, culpa ou pressão. Busque proteção. Ouça a voz de Deus. Priorize a vida, a paz e o propósito do Senhor.
Um servo de Deus honra contratos, trabalha com integridade e cumpre a palavra. Mas quando um pacto:
ultrapassa o limite da decência ,
exige conivência com o pecado,
coloca em risco a sobrevivência,
e, acima de tudo, contraria a direção de Deus,
então o rompimento não é rebeldia — é obediência.
Nestes casos, quebra de contrato não é fuga; é livramento.Não permaneça onde Deus já não está.Rompa onde Cristo rompe.Ande para onde Ele manda ir.
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Título: Quebra de contratoAutor: Pr Ronaldo Alves FrancoSite do PastorData: 21/11/2020
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